quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vamos jogar chãobola?

Segunda-feira, 8 de novembro. O telefone sobre a mesa da minha sala na Embaixada toca. O identificador de chamadas mostra que a Ministra-Conselheira Mônica Nasser deseja falar comigo. Atendo. Sou convocado a ter com ela, e saio com a missão de acompanhar uma equipe do programa “50 por 1”, da TV Record, que iria, no dia seguinte, fazer uma reportagem sobre floorball. O quê, mesmo?

Internet, Google. “50 por 1”?  Nunca tinha visto, mas pareceu legal. O programa roda o Brasil e o mundo atrás de locais, experiências, atividades, costumes, hoteis, restaurantes, etc, fora do circuito turístico mais óbvio.

Não sou atleta, embora tenha praticado esgrima por um bom tempo, há uma década e vinte e cinco quilos atrás. Mas gosto e acompanho eventos esportivos. Sei o que é lacrosse, e recém me tornei entusiasta de curling, especialmente por causa das calças da seleção norueguesa. Mas floorball?  Hein?

Pergunto às colegas finlandesas de Embaixada. Floorball?  Uhmm...errr.. aaaahhh  salibandy, claro!  Piorou...

Internet, Wikipedia. Tem cara de quê, isso?  Regras básicas, principais seleções. Ah, vai haver o campeonato mundial de floorball em dezembro, e a Finlândia será a sede! Super!

No dia seguinte, estávamos no local e hora marcados - Arena Center Myllypuro, 5 da tarde -  eu e Lucas, fazendo a ligação entre a produção do programa e o pessoal da Suomen Salibandyliitto - Federação Finlandesa de Floorball. A Flávia também foi junto, gentilmente arrastada pelo marido. Fomos recebidos com toda atenção pelo diretor da área de comunicações, Markku Huoponen, com direito a café, lanchinho, vídeo demonstrativo, power point com estatísticas sobre o esporte.

Para explicar o tal floorball, nada melhor do que imaginar um cruzamento de hóquei com futebol de salão. É jogado com tacos e uma bola pequena, de plástico. Só que ninguém usa patins. Cinco jogadores, e mais um goleiro, para cada lado. Um jogo em altíssima velocidade. As raízes do esporte estão na Mineapolis do final da década de 1950, mas ficou mais parecido com o que é hoje ao longo dos anos 1970, na Suécia. Hoje em dia mais de 60 países praticam o esporte.

Nossos intrépidos Álvaro Garneiro e  José Antônio Ramalho co-apresentadores do programa, participaram de uma aula para a meninada, ministrada por ninguém menos que Janne Tähkä, uma espécie de Pelé do floorball na Finlândia. É claro que apanharam dos tacos, da bolinha e da correria, mas com certeza se divertiram e deixaram, em quem ficou de fora, a vontade de praticar. 

Aparentemente, o programa vai ao ar no segundo semestre de 2011.

Está pensando em aproveitar e se tornar cartola pioneiro no Brasil?  Já era!  Nós já estamos globalizados a esse ponto, a Associação Brasileira de Floorball já existe, e é membro provisório da IFF. Aliás, para difundir o esporte em Pindorama, não seria difícil. O material completo para dois times não chega a 500 euros, e as quadras de futsal já estão aí, prontas para receber os chãobolistas.

E não acabou ali... após esse contato inicial, o staff da Embaixada foi convidado a assistir à partida Finlândia x Rússia, na primeira fase do mundial. No quesito diplomacia, cumprimentei Matti Ahde, o Ricardo Teixeira - ao menos em termos de homologia de cargo – deles. E demos sorte aos anfitriões: não só venceram a partida por 14 x 2, como viriam a ganhar o mundial, e justamente contra os rivais suecos. 


                                                                          Hyvä, Suomi!

A promessa agora é que teremos uma aula inicial, para iniciantes absolutos. Start up lesson for dummies. Quero só ver eu desfilar meus elegantes três dígitos pelas quadras finlandesas...

Em tempo:
Federação Internacional de Floorball: http://www.floorball.org/

Associação Brasileira de Floorball
R. Albuquerque Lins, 1129, apto. 93
SP 01230-001, São Paulo, BRAZIL
Tel:: (+55 11) 3662 0561
E-mail: abrasfloorball @yahoo.com.br

Um comentário:

  1. O mais curioso de tudo isso foi você ter conhecido o Álvaro Granero. Hehehe
    Não deu vontade de bagunçar o cabelo dele, não? Tipo tentar tirar todo aquele gel, na marra?

    ResponderExcluir